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HISTÓRIA

A gente conhece aquela história de ser apaixonado pela profissão. Podemos dizer que por trás dessa história, existem as atividades que nos causam encantamento e nos despertam o desejo de realizar: sonhos, vontades, e até necessidades!

A LAMIRA se inicia assim, por uma necessidade artística de construir espetáculos e levá-los à cena. João Vicente, diretor artístico da companhia, teve sua trajetória na arte delineada em grandes companhias de dança, onde tal necessidade surgiu e adquiriu vida com a experiência de coreografar, já mesmo durante esse tempo.

Aliado a esse desejo, a habilidade de fazer e acreditar de Carolina Galgane tornou palpável a concretização da Companhia. Contemplados pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2009, antes ainda da criação da LAMIRA, Carolina Galgane e João Vicente dirigiram um primeiro trabalho. Depois disso, não foi possível permanecer só no primeiro…

Linha do tempo…

Com o sucesso do primeiro espetáculo, João e Carolina não viram outra possibilidade, se não abrir um CNPJ para dar vasão às novas produções que poderiam vir, embarcados na vocação natural de ambos e apoiados na energia da mais nova capital brasileira, Palmas, que em tudo procurava expansão. Assim, em 2010, inicia a trajetória da LAMIRA ARTES CÊNICAS, já com vocação para mesclar as diversas artes da cena.

Em 2012 três espetáculos foram criados. A Cia montou o espetáculo de rua “Do Repente” e o espetáculo de palco italiano “Fela da Gaita”. Com a montagem de rua a intenção era levar a arte para outras cidades do Tocantins, uma vez que, somente em Palmas tinha espaço físico (palco italiano) destinado às artes cênicas.

O Do Repente tem uma temática de alcance direto com o público, que é o romanceiro popular do Nordeste, sendo um espetáculo apresentado em espaços públicos, com acesso gratuito e livre. Além do Tocantins, o espetáculo já passou por mais de 78 cidades do Brasil.

Já o Fela da Gaita é a versão do Do Repente para o palco italiano. Ele foi adaptado para o palco italiano como uma forma de explorar cenas e acontecimento ainda não presentes no espetáculo de rua.

Também em 2012 foi criado “Adorno da Realidade”, espetáculo que trata da indústria cultural e da Segunda Guerra Mundial. A inspiração do diretor artístico João Vicente veio das aulas de filosofia com o professor da Universidade Federal do Tocantins, Oneide Perius. A montagem une dança e performance, na qual o público é convidado a participar desse processo em cena.

 

Nesse ano, iniciam sua trajetória pelo interior do Tocantins, tendo entrado em cena por 15 vezes. Destaque para a estreia do “Do Repente” fora do Tocantins, no Festival Amazônia Em Cena, em Porto Velho/RO, onde o espetáculo foi ovacionado por uma plateia com mais de 5.000 pessoas.

Sem dúvidas, 2012 foi um ano muito importante para a Lamira. A Cia foi o primeiro grupo tocantinense a ser selecionada do programa “Rumos Itaú Cultural”, na cadeira de dança para crianças, um momento histórico.

Em 2013, foi a vez do mundo dos quadrinhos invadir a imaginação da Cia. A ideia foi criar um espetáculo que unisse dança e o universo circense. Os artistas entraram em um cenário que faz referência a folhas de um GIBI gigante! O interessante é que eles prendem a atenção do público com inúmeras brincadeiras e diversão, utilizando o universo dos palhaços. A Cia desenvolveu um espetáculo inédito, a partir dos Gibizinhos, com uma dramaturgia atrativa para as crianças e também para os adultos.

 

O processo foi um grande desafio. A narrativa foi construída a partir dos HQ de Geuvar Oliveira, que relacionava a realidade cultural do Tocantins em suas histórias. A HQ de Geuvar, Liga do Cerrado, apresenta as particularidades do cotidiano de pessoas que foram para o Tocantins. É uma história rica em regionalismo, carregada de humor e simplicidade. Junto a isso, uma trilha sonora de músicas eruditas e a personalidade marcante de cada palhaço trouxeram brilho ao GIBI, o quarto espetáculo da Cia.

Com GIBI, o grupo inicia seu intercâmbio com outros diretores e convida Fernando Yamamoto (Clowns de Shakespeare/RN) para a consultoria teatral do espetáculo, além da formação de palhaços com Adelvane Néia/SP.

Uma curiosidade: O espetáculo estreou no Itaú Cultural, em São Paulo/SP, em 16 de junho, para uma plateia para lá de seletiva. Até o prefeito efetivo de Palmas, na época, assistiu a estreia, demonstrando a importância do grupo à construção das Artes Cênicas palmenses a nível nacional.

Em 2013, a Lamira participou do circuito SESC Amazônia das Artes, circulando por todos os 10 estados da Amazônia Legal, com seu espetáculo de rua. Também ganha, pela primeira vez, o Edital da Caixa Cultural em Curitiba, com o espetáculo Fela da Gaita, além de ter sido selecionada para alguns festivais como: o Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia, o FIAC – 2013, com Adorno da Realidade; o Encontro Nacional de Dança, em Natal/RN; a Mostra de Dança de Goiânia/GO, além do projeto Modos de Existir, do Sesc Santo Amaro.

 

Assim, o ano finaliza com 17 cidades brasileiras conhecendo a Lamira.

 

Já em 2014, a Lamira brinda duas importantes e inéditas conquistas para o grupo e a história do próprio Estado. A Cia. tornou-se o primeiro grupo tocantinense a fazer parte do Programa Palco Giratório, um dos maiores projetos de Circulação de Artes Cênicas da América Latina, realizado pelo SESC Nacional. Outra conquista foi o patrocínio de três grandes empresas via Lei Rouanet para a manutenção e a circulação do espetáculo Do Repente até 2015, através das empresas: O Boticário com o programa o “O Boticário na Dança”, o Instituto EDP e a Investco. Por meio da Lei Rouanet, o grupo adentra mais ainda no interior do Estado, finalizando o ano com 06 novos municípios tocantinenses.

Como não poderia deixar de ser, também investimos em nossa formação e intercâmbio convidando o multiartista Helder Vasconcelos/PE para realizar oficinas com o grupo e estreitar possibilidades para projetos artísticos.

Ao término de 2014, a Lamira já havia demonstrado seu trabalho em 56 cidades brasileiras, em 64 apresentações, chegando a um total de mais de 33 mil pessoas.

Em 2015, a Lamira estreia o espetáculo cênico-musical “Olhai por Nós”. A montagem tem como foco o homem, sua singularidade e buscas. Em uma linguagem envolvida pela dança, música e teatro, o espetáculo propõe despertar no público uma reflexão sobre o ser em si, a esperança e o modo como buscamos escolher nossos caminhos. Instrumentos musicais exóticos de diversas partes do mundo, que são tocados ao vivo, criam e fortalecem a cena.

​A montagem do Olhai Por Nós contou com a participação de importantes nomes do Teatro brasileiro, intensificando a gana da Lamira por conhecer novos diretores e modos de criação. Assim tivemos a codireção de: Fernanda Vianna (Grupo Galpão/MG); Marco França (Clowns de Shakespeare/RN) e Vinícius Della Líbera (instrutor de Yoga/SP).

Nesse ano, a Lamira é convidada para participar do Circuito Sesc das Artes, um projeto de circulação de espetáculos do Sesc/SP, pelo interior do Estado de São Paulo.

Aliás, esse ano demos um abraço bem forte em São Paulo pois, se juntarmos o Do Repente e o GIBI, a Lamira finaliza 2015 tendo circulado por 16 cidades no Estado de São Paulo, incluindo a capital.

Também estreamos nos Festivais: Vivadança/BA e Cena Contemporânea/DF. Isso tudo ainda com patrocínio de manutenção via Lei Rouanet, com o patrocínio de “O Boticário na Dança” e da Energisa.

Não percamos as contas, finalizamos 2015 com 73 cidades diferentes que conheceram a Lamira.

Em 2016, a companhia completou seis anos de existência. Essa comemoração foi consolidada com a execução do projeto Maturando. A iniciativa mostrou o universo do grupo, e a programação contou com a exibição de um documentário sobre o processo de criação do Olhai Por Nós além: do lançamento do livro fotográfico “MATURANDO” sobre a trajetória do grupo; uma Instalação Artística (exposição) sobre os bastidores da Cia, seus espetáculos, públicos, cenários e equipamentos; e ainda uma temporada com apresentações de quatro montagens do grupo.

Ainda esse ano, a Lamira ganha o Edital da BR Distribuidora e consegue circular por outras 03 cidades do interior tocantinense. Também vai para outros Estados, participando de importantes Festivais como: Cena Cumplicidades, no RJ, RN e PE; Goiânia Em Cena – Festival Internacional de Artes Cênicas/GO; Bienal de Dança do Ceará/CE; além de ter participado da Mostra de estudantes de Teatro da UFT – Universidade Federal do Tocantins.

Damos adeus a 2016 contabilizando um total de 46 mil pessoas que nos assistiram, desde o início e estão em nossos corações.

Em 2017, João Vicente participou no Sesc São Luiz –MA do Seminário e da mesa de discussão sobre os impactos econômicos de projetos de artes. Foi nesse ano também que conseguimos o edital Caixa Cultural Fortaleza para apresentar o “Olhai Por Nós”, também fomos selecionados para Programação Nerdcon -Sesc Interlagos com o nosso espetáculo “GIBI”, que também foi para o Projeto Dancidades, em Campo Grande/MS.

Esse também foi um ano muito especial, pois circulamos pelo interior do Tocantins em mais 04 novas cidades, com nosso projeto Rota Tocantins (Do Repente), patrocinado pelo O Boticário na Dança e Energisa. Além disso fechamos o ano tendo o privilégio de executar uma produção exclusiva nossa.

Em 2017, fechamos redondos com 80 cidades visitadas pela Lamira, terminando o ano com uma alegria imensa.

Em 2018, tivemos a oportunidade de participarmos mais uma vez do programa Sesc Amazônia das Artes só que desta vez possuímos a honra, de sermos o espetáculo de abertura deste grande evento.

O ano foi marcado por inúmeras circulações e, novamente, fomos selecionados pelo projeto Ocupação dos Espaços da Caixa Cultural Fortaleza, com o espetáculo infantil GIBI e da Caixa Cultural Rio de Janeiro, com o Olhai Por Nós.

Além disso, voltamos para a cidade mineirinha através do Festival Internacional de Teatro, Palco E Rua (FIT-BH) e executamos também circulações por escolas municipais palmenses, pelo edital da prefeitura de Palmas.

Para fecharmos com chave de ouro, em 2018, levamos nosso espetáculo de rua Do Repente para circular pela região do Jalapão, no nosso querido Estado do Tocantins, visitando São Félix do Tocantins e Mateiros. É claro que também aproveitamos a oportunidade para visitarmos aquela natureza exuberante, porque ninguém é de ferro, né?!

Em 2019, já no iniciozinho do ano, tivemos o nascimento da mais nova integrante da Lamira, filha dos nossos diretores João Vicente e Carolina Galgane. E para brindar esse acontecimento maravilhoso, a Lamira foi selecionada para Ocupar os Espaços da Caixa Cultural de 05 capitais brasileiras. Então levamos nosso espetáculo infantil “Gibi” para Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Curitiba. E não faltou oportunidade de termos na plateia a mascote mais linda do Grupo: Maia Galgane!

Pois bem, até aqui já deixamos nossa energia, nosso trabalho artístico em mais de 86 cidades brasileiras, com um público de mais de 57 mil queridas pessoas. Em muitas delas já retornamos diversas vezes, dando-nos a oportunidade de criar grandes amigos.

Em 2020, foi um ano muito difícil para todos nós do meio cultural onde perdemos amigos, e também muitos contratos, devido a pandemia que modificou o mundo inteiro… Mas nem por isso a Lamira perdeu seu brilho, com muito esforço e dedicação a cia produziu um vídeodança inédito chamado “Quando Dormes”, que aborda a realidade da maternidade. Já em junho saiu o livro Olhar Na Dança, produzido pelo projeto KOH – Núcleo de Pesquisa da Cena, coordenado pela bailarina, atriz, pesquisadora e produtora brasiliense Juana Miranda, onde o nosso diretor artístico João Vicente, teve o prazer de estar presente no livro.  Em agosto tivemos a nossa campanha “Dia Do Artista”, com alguns artistas parceiros da cia. Além disso a cia participou de diversas lives como a do Balé Popular do Tocantins, a plataforma Palmas para Você, junto com a Cultura em Movimento que nos proporcionou participarmos, mesmo de longe, de um evento tão bacana com diversos artistas da nossa cidade Palmas/TO e não podíamos deixar de esquecer do convite, que a nossa diretora Carolina Galgane recebeu e teve o prazer de participar pela Conexão Norte, para conversar sobre as mulheres das Artes Cênicas no Norte, uau!

E por fim, fechamos o ano com muita alegria, ganhamos 4 editais; o Edital Sesc Cultura On da Funarte, exibindo o querido espetáculo “Fela da Gaita”; o Prêmio Funarte RespirArte com o mais novo vídeodança “Quando Dormes”; o Prêmio Funarte Teatro Virtual com a exibição do espetáculo “Gibi” um dos mais aclamados pela mídia, com exceção do “Do Repente” e por último o Prêmio Funarte Acessibilidança Virtual para montagem do novo espetáculo “Lua de Mel”.

2021 foi um ano desafiador. Mantivemos a esperança e arte a todo custo. Sabíamos das dificuldades e dos desafios do momento para todxs nós. Mas seguimos firmes, como podíamos. Esse ano tivemos muitas felicidades também. A Lamira foi contemplada pelos editais da Lei Aldir Blanc e por isso pudemos efetivar ações e projetos maravilhosos. Realizamos a adaptação do espetáculo GIBI para a rua (um sonho tão antigo e tão necessário) e com tradução em Libras, conseguindo incluir ainda mais nossos públicos.

 

Produzimos nosso primeiro Documentário, “Mulheres da Cena”, um registro histórico importante e imensurável para o estado do Tocantins e para todas as mulheres que fazem as artes cênicas existirem na capital e no Estado. Esse ano realizamos também nosso primeiro Festival Multiverso_Edição Circo, uma ação tão alegre, divertida e importante para viver!

Ainda no formato on line, desenvolvemos algumas ações: estivemos no Palco Virtual, do Itaú Cultural, com nosso queridíssimo espetáculo infantil, o GIBI; estreamos o espetáculo “Lua de Mel”, feito exclusivamente para apreciação on line; estivemos no Festival Internacional de Dança, o FID, em Belo Horizonte/MG, no XV Festival de Teatro da Amazônia e no II Festival de Arte e Cultura da UFT;

Ao final fechamos o ano comemorando a existência e realização do projeto 10 anos Lamira, oh coisa boa! Nessa comemoração, realizamos a estreia do espetáculo “Luna de Miel”, com a direção internacional de Oscar Zimmermann (fundador da palhaçaria Chilena), que aceitou o desafio de dirigir e realizar um espetáculo em meio a pandemia e a loucura que é ser e fazer tudo virtual nesse ano de 2021. Foi a primeira vez que um diretor assumiu por completo um espetáculo na Lamira. E já foi logo falando espanhol. Imagina quão divertido foi essa montagem? Com esse espetáculo, estivemos nesse ano em Goiânia/GO, pelo Prêmio Funarte de Circulação de Artes, Edição Centro-Oeste e em Araguaína/TO, pelo Sesc.

​Pra iniciar 2022 com o pé direito, tivemos duas estreias:

A primeira foi a estreia da nossa plataforma “A Doce Matéria Mater”, com trabalhos das mais diversas áreas artísticas, produzidos apenas por artistas mães, de várias partes do Brasil. Uma exposição virtual de fazer verter lágrimas nos olhos e oportunizar a valorização e reconhecimento de mães-artistas. E não estamos brincando! Tivemos muito orgulho em promover essa ação, abraçando artistas mães tão sensíveis e de qualidade artística ímpar. Obrigado queridas por nos proporcionar essa experiência!

Já na segunda estreia, colocamos em cena um novo espetáculo, “Sobre Si”, reforçando ainda mais as ações da Lamira no universo feminino e do idoso, colocando em cena, pela primeira vez, uma artista de 69 anos. Que desafio, hein!? O espetáculo também foi contemplado com o Edital do Banco da Amazônia, circulando por Palmas/TO.

Ainda quisemos continuar, logo no início desse ano, com apresentações do espetáculo Luna de Miel, mas o João, nosso coreógrafo e um dos participantes desse espetáculo, rompeu seus ligamentos do pé esquerdo, tendo que parar definitivamente por dois meses. Claro que tivemos que cancelar nossa agenda. Mas isso acontece e faz parte da nossa história de desafios. Tivemos que esperar...

 

Mas valeu a pena, já em outubro voltamos com o espetáculo “Luna de Miel” numa circulação por quatro cidades do Estado do Rio de Janeiro, através do projeto o Sesc Pulsar. A concorrência foi imensa para esse edital, mas adivinha... nós conseguimos!

 

Nesse ano ainda circulamos de forma on line no 2º Festival Palhaçaí, em Porto Velho/RO; no Festival Amazônico de Teatro e no Festival Funarte Acessibilidança.

 

Ah... ao término de 2022, a Lamira já havia circulado por mais de 90 cidades brasileiras. Um feito, até então, jamais conseguido por um grupo de Artes Cênicas do Tocantins.

Se nos permite destacar, é possível perceber como a Arte produzida pela Lamira vem crescendo com a cidade e com o Estado onde está inserida. Aos que estudam as artes cênicas palmenses e do norte do país é possível notar o quanto a história da Lamira interfere positivamente na produção cênica do Estado. Em todo esse tempo, diversos profissionais estiveram conosco, tendo a oportunidade de exercitar e/ou nascer enquanto profissional na sua área. Por isso que garantir a história da Lamira é não apenas permitir com que as Artes Cênicas possuam referências, mas é garantir que o pensar profissional nessa área se estabeleça e consiga permanência, num ambiente ainda hostil de maturação.

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